A Viajante

Eu nunca estive em uma sauna antes, essa foi a minha primeira experiência, fui com um amigo para uma sauna em um lindo hotel na cidade de Bled. Eu já sabia que para os Europeus era normal ir para a sauna, assim que entrei no lugar, me lembrou o Sesc, quando eu morava em SP eu utilizava muito os serviços do Sesc e foi essa a sensação que eu tive ao entrar no espaço . Descrição: uma pequena recepção central, um espaço com vários banquinhos, cabines com ducha, uma espaço para beber chá, água e uma grande porta de vidro. Depois dessa porta de vidro, tinha uma grande piscina, outra piscina  no estilo eufurô e uma casinha toda de madeira.  Entramos na casinha de madeira, tinha apenas um senhor, deitamos no banquinho de madeira, a vista do lugar era simplesmente maravilhosa, do castelo e da igreja, pontos turístico mais conhecidos da cidade.   A partir desse momento eu só observava as minhas reações, de como eu me sentia naquele ambiente, se sentia olhares para o meu corpo, se eu me sentia

Adoção   Meu nome é Joelma, tenho 38 anos, filha única e eu não sou filha biológica dos meus pais, fui adotada quando era criança e por muitos anos isso foi um pesadelo para mim. Eu resolvi fazer esse texto como forma de eternizar uma lembrança que marcou a minha vida, que talvez não seja o mesmo que você viveu mas, quem sabe você consiga ajudar alguém.  Eu morava em uma cidade no interior da Paraíba, com uma população de aproximadamente 10 mil habitantes. Meus pais eram casados há muitos anos e não poderiam ter filhos, naquela época era muito fácil adotar uma criança, principalmente em uma cidade tão pequena, eles souberam que uma mãe estava doando seus 4 filhos, pois não tinha condições financeiras e psicológicas de criá-los , foi então que eu entrei na vida deles, como forma de esperança de ter a tão sonhada filha.  Recebi muito amor, cuidado, carinho, atenção, tudo o que uma criança precisava. Por ser uma cidade tão pequena, todas as pessoas praticamente se conheciam e obviamen

Por que escolhi o Leste Europeu? Eu costumo falar que as minhas viagens não são programadas, porque eu espero um direcionamento do “universo"quando eu estava em Portugal busquei algum País que estivesse vacinando estrangeiros, encontrei a Cróacia. Quando cheguei na Cróacia eu entendi o porquê o Universo me levou até lá.  Eu simplesmente me apaixonei pelo povo da Cróacia, diferente dos dois Países que estive antes, é um povo tão caloroso, que gostam de abraçar e de demonstrar os seus sentimentos. Quanto mais eu viajava pelas cidades da Cróacia, mais eu me encantava. Quando estive em Montenegro e na Sérbia, percebi que realmente esse perfil era das pessoas do Leste Europeu, é como se eu estive no meu Nordeste, batendo na porta de um vizinho para pedir um copo de açúcar e o vizinho me manda entrar, sentar e me serve uma refeição.   Já tive várias situações as quais recebi ajuda de estranhos na rua, vou citar duas: Eu estava na cidade Podgorica capital de Montenegro, fui passear s

Pela primeira na minha vida eu sentir o que é sofrer um racismo, aconteceu na Cróacia, País que eu amo, na cidade de Rijeka, uma cidade encantadora de praias belíssimas; eu continuo gostando do Pais, encontrei muitas pessoas boas e incríveis por lá, por isso esse fato não serve de julgamento para generalizar o lugar.  Eu já tinha sofrido xenofobia no Brasil, ao sair da Paraíba e ir morar em São Paulo, muitas brincadeirinhas com o meu sotaque, na universidade e no trabalho. Ser motivo de piada por ter um sotaque, foi uma sensação bem desconfortável e quando isso aconteceu há 15 anos atras eu não soube lidar, minha postura foi apenas me isolar.  O Racismo: Aconteceu em uma loja de roupa e artigo de artesanato localizada em um shopping no centro da cidade, eu estava vestida com roupa de praia, eu percebi que a loja era um pouco luxuosa mas, eu não tenho problema em entrar em nenhum lugar, mesmo que eu não esteja vestida “adequadamente” na loja tinha apenas duas pessoas, um homem e uma mul

Irei partilhar com vocês uma vivência que é muito especial na minha vida e que foi muito importante no processo do meu autoconhecimento. Quero deixar claro que, esse é um relato pessoal, não estou sugerindo o uso, ou divulgando grupos e locais para o ritual.  A vivência aconteceu em Portugal na cidade do Porto, eu costumo falar que meus voluntariados me levam para os lugares onde eu deveria estar, me conectam com pessoas as quais trazem algo valioso para minha vida. É dessa forma que eu enxergo as minhas experiências nas viagens, uma escola de aprendizado que estão me ajudando a encontrar com o melhor de mim.  O Ayahuasca é um chá utilizado na cultura xamânica, é uma substância que altera a percepção da realidade; é muito difícil expressar em palavras o que foi exatamente essa experiência, irei resumir de uma forma objetiva e com linguagem simples o que o ritual representa para mim.  Meus olhos se enchem de lágrimas ao lembrar daquele momento mágico, aconteceu em uma chácara no interio

Meu décimo segundo voluntariado em um Hotel de cachorros na Croacia, não estava nos meus planos voltar para o País em tão pouco tempo, mesmo a Cróacia sendo uma das minhas queridinhas, eu queria conhecer um novo País, nova experiência, voltar para o mesmo País é o mesmo que voltar para o ex, risos.    Mas, eu precisava tomar a dose de reforço da vacina, Na Croácia não há burocracia para tomar a vacina, o atendimento é rápido, basta ir com o passaporte; eles também dão a opção para escolher a vacina, eu acho isso genial!!  Voltei feliz para Cróacia para  um lugar seguro e uma família pra passar o Natal e ano novo.   Que eu sou apaixonada por animais todos já sabem porém, eu nunca tive a experiência de trabalhar com muitos cachorros,  a principio eu achei que seria fácil mas, me enganei, pois, requer muita responsabilidade e precisa está disposto a doar seu tempo e energia para os animais.  A anfitriã é uma mulher incrível, trabalhadora, simpática, prestativa, muito engraçada, adora o po

No dia 05.12 eu cheguei ao meu décimo primeiro voluntariado, por ter vivido várias experiências incríveis, eu cai na armadilha da falsa segurança e não dei importância para alguns sinais de perigo.  Esse relato tem o intuito de alertar e/ou evitar possíveis situações e enfatizar a importância de um preparo para buscar vagas de voluntariado, se você têm o suporte de profissionais na sua viagem preste atenção em todas as orientações, isso vai te ajudar a identificar uma vaga inadequada. Eu não quero jamais desmotivar você a realizar sua viagem internacional e experienciar o intercâmbio voluntário, estou viajando a mais de 8 meses e posso garantir que a maioria das vagas são maravilhosas. A vaga: Uma casa nas montanhas na cidade de Neum no interior da Bósnia and Herzegovina, a vaga oferecia acomodação e alimentação, para ajudar nos afazes da casa e esporadicamente no restaurante da família. Na casa moravam o anfitrião um homem de mais ou menos 55 anos e seus pais que já eram bem idosos e

Conheci a Edna no meu Intercâmbio em Dublin, fiquei encantada com uma sua história, sua alegria e a sua determinação em fazer um intercâmbio de inglês aos 60 anos de idade. A história da Edna serve de inspiração para todos nós que colocamos limitações para nossos sonhos. Assim como já ouvi a frase, estou velha demais para fazer tal coisa, não deixe a idade limitar você.   Nesse texto que a Edna escreveu, ela relata o amor por nosso povo Brasileiro, o quanto é importante nos unirmos e nos abrir para viver lindos momentos.  Vou compartilhar essa experiência que muito me alegra, eu  penso que todos deveriam fazer um intercâmbio não importa a idade. O conhecimento que a gente adquire é impressionante, realmente vale a pena essa experiência.   Aquele velho tabu "que para fazer intercâmbio tem que ser jovem” já está muito ultrapassado.  Quero compartilhar da minha alegria de encontrar tantos brasileiros queridos e maravilhosos aqui na Europa.   Comecei a trabalhar em um bistrô em Dublin

23.11.21   No dia 23 de novembro embarquei uma das experiências mais desafiadoras nas minhas viagens pela Europa, a história aconteceu na Sérvia em uma cabana nas montanhas da cidade Zlatibor. És que encontro a vaga dos meus sonhos, um professor de yoga, praticante do zazen e vegano; era tudo o que eu queria, pois, estava precisando praticar Yoga, meditação e também queria fazer a minha transição para o veganismo, essa seria a oportunidade perfeita.  Antes de confirmar a vaga falei por chamada de vídeo com o anfitrião e ele me passou as seguintes informações:  A casa era uma cabana isolada nas montanhas O sanitário era fora da casa, feito de compostagem Não tinha chuveiro para tomar banho, nem água dentro da casa Iremos comer apenas frutas, legumes e grãos Perguntei como eu faria para tomar banho, ele disse que há cada 3 dias, iríamos a sua outra casa onde eu poderia tomar banho quente.  Na hora pensei: eu não sou "louca" de aceitar essa vaga, porém, refleti sobre: o desa

Segundo voluntariado Essa foi uma experiência curta, fiquei apenas uma semana, mas foi uma linda vivência, de muito amor. Na fazenda moravam apenas um casal de policiais aposentados, eles são de Londres, mas escolheram morar no interior da Irlanda, longe do caos da cidade grande. O marido ainda trabalhava, passava o dia fora, a esposa, cuidava da casa e dos animais da fazenda, meu trabalho era ajuda -lá, mas, o serviço era pouco, não tinha muito o que fazer, a minha principal função na  verdade  era, conversar com ela, ir ao shopping, ao supermercado, a praia, sorveteria e lhe fazer companhia, essa era a sua "necessidade" visível, as vezes eu mais escutava com atenção tudo o que ela tinha para falar, pois meu inglês básico não me permitiam falar muita coisa, mas, nos entendíamos muito bem, e na hora que eu queria me expressar em palavras usava o tradutor, ela se dedicava muito a mim, fazia nossa comida vegetariana, me levou para um salão para cortar meu cabelo, e no meu últim