Segundo voluntariado
Essa foi uma experiência curta, fiquei apenas uma semana, mas foi uma linda vivência, de muito amor. Na fazenda moravam apenas um casal de policiais aposentados, eles são de Londres, mas escolheram morar no interior da Irlanda, longe do caos da cidade grande.
O marido ainda trabalhava, passava o dia fora, a esposa, cuidava da casa e dos animais da fazenda, meu trabalho era ajuda -lá, mas, o serviço era pouco, não tinha muito o que fazer, a minha principal função na verdade era, conversar com ela, ir ao shopping, ao supermercado, a praia, sorveteria e lhe fazer companhia, essa era a sua "necessidade" visível, as vezes eu mais escutava com atenção tudo o que ela tinha para falar, pois meu inglês básico não me permitiam falar muita coisa, mas, nos entendíamos muito bem, e na hora que eu queria me expressar em palavras usava o tradutor, ela se dedicava muito a mim, fazia nossa comida vegetariana, me levou para um salão para cortar meu cabelo, e no meu último dia me deu de presente uma linda saída de praia e um kit de cuidados pessoais. Eu fui embora com o coração tão apertado, deixando aquela mãe toda cheia de amor para acolher e cuidar. Por isso tenho dito da importância do voluntariado em minha vida, não é sobre ganhar casa e comida, não é sobre economizar na viagem, o que essa vivência faz na nossa vida e na vida da família que nos recebe é algo que não consigo expressar em palavra. Eu sinto que tenho um missão, que minha estádia na casa trará algo bom para as pessoas, talvez algo que elas estejam precisando naquele momento.
Terceiro Voluntariado
Peguei o avião em Dublin e embarquei para Portugal - Porto, dessa vez o local para voluntariar foi um hostel, wow, minha primeira vez em um hostel. O hostel era lindo, uma grande casa rústica, com um toque de modernidade, piscina e uma pequena vista para praia. Fui super bem recebida pela gerente, ela me ensinou o que era necessário fazer, realizar checkin, checkout, limpar os quartos, trocar roupa de cama, limpar banheiro, deixar a cozinha sempre limpa e cuidar do jardim. Eu peguei a alta temporada, mês de junho, então o hostel estava lotado e tinha muito trabalho.
Eram muitas horas trabalhadas, mas eu tinha algum tempo livre, e nesse tempo, fui explorar Portugal, meu Deus que lugar lindo, estive em Aveiro, Espinho, Braga, Guimarães, Lisboa e etc..
Conheci pessoas de todos os lugares do mundo, fiz amizades lindas e sólidas e de quebra entreguei meu coração ao um lindo Irlandês, era um amor de verão eu sei, mas como uma boa escorpiana foi um amor intenso.
Muitas fotos, muitos close na praia, com aceitação do meu corpo como ele é, do meu novo cabelo natural, com fios brancos, com a sobrancelha cheia e com as unhas naturais. Sim, eu estava em processo de desconstrução do meu eu, era muito bom viver daquela forma. Bom, não tenho muito detalhes para falar dessa experiencia, mas, sei o quanto foi intensa, louca, engraçada, dolorida, é claro que iria ter dor, afinal se apaixonar em uma viagem requer cautela, mas tudo bem, tudo valeu muito á pena e eu fui feliz. Viajar nos transforma, nos faz crescer, se adaptar e transmutar à cada fase, eu estou aprendendo muito nessas viagens, encontrando diferentes versões de mim, e encarando tudo com leveza e mente aberta.
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